ADEL entrevista jovem empreendedor de meliponicultura

A visão empreendedora do jovem Everardo Moreira, 28 anos, residente na comunidade de Lagoa das Pedras, Apuiarés chama a atenção pela forma como ele se dedica às atividades apícolas através da observação das meliponas. Além da meliponicultura, criação de jandaíras, ele também é apicultor e agricultor.

Apesar de ter estudado apenas até o 6º ano do ensino fundamental, o jovem observa o comportamento das meliponas em caixas de madeira e aprendeu sozinho as técnicas de manejo da produção de mel. “Tornei-me apicultor por gostar da forma como as abelhas vivem, desde criança queria trabalhar com mel”, afirma Everardo.

Sua participação em diversos cursos sobre o setor apícola tem estimulado a continuidade de seu trabalho e já lhe rendeu, inclusive a oportunidade de ministrar um curso em Quixeramobim sobre meliponicultura. A experiência em Lagoa das Pedras chama a atenção até mesmo de grupos estrangeiros que vez por outra visitam a unidade demonstrativa de meliponicultura.

Segundo Everardo, há dois problemas que mais preocupam no setor atualmente, o primeiro é a derrubada das árvores cuja floração alimenta as meliponas, muitas estão entrando em extinção na região e o segundo problema é a comercialização pois a falta de equipamentos para o beneficiamento do mel dificulta o atendimento de demanda e barateia o produto. “Com o maquinário necessário para beneficiamento chegaríamos a um valor de R$ 80 pelo litro de mel de jandaíra, ressalta Everardo.

Em Lagoa das Pedras há outros apicultores e meliponicultores que em conjunto, criaram a associação dos produtores em janeiro de 2009 da qual Everardo é presidente. Quando perguntado sobre suas perspectivas futuras, Everardo diz que sonha em seu o maior meliponicultor do estado do Ceará e que foi convidado para desenvolver a cadeia produtiva do mel em Iguatu, mas recusou o convite.

Sobre a apicultura em Apuiarés, Everardo conclui: “A atividade apícola tomou uma dimensão muito grande em um curto espaço de tempo em nosso município, e a tendência é crescer, se continuarmos tendo o apoio de entidades como a ADEL, SESEMAR, Fundação Konrad Adenauer e outras.

Compartilhar: